Paulo Veras é um empresário brasileiro que fundou a 99, aplicativo de mobilidade urbana e primeira startup do Brasil a alcançar valor de mercado de US$ 1 bilhão.
| Nome | Paulo Veras |
| Ano de Nascimento | 1972 |
| Local de Nascimento | São Paulo, São Paulo (Brasil) |
| Nacionalidade | Brasileira |
| Formação | Engenharia Mecatrônica |
| Empresa relacionada | 99 |
| Perfil | Fundador |
Paulo Veras nasceu em São Paulo, capital do estado de São Paulo, Brasil.
É um dos 3 fundadores da 99, aplicativo de mobilidade urbana vendido em 2018 para gigante chinesa DiDi Chuxing.
Com a venda, Veras e seus sócios, Ariel Lambrecht e Renato Freitas, tornaram-se os primeiros empreendedores a construir uma startup brasileira avaliada em mais de US$ 1 bilhão, popularmente conhecida como unicórnio.
No livro o Unicórnio verde-amarelo, em que narra a história da criação da 99, Veras conta que aprendeu a programar ainda cedo, em um computador tk85 de um amigo.
Anos mais tarde, desenvolveu um programa para calcular quais músicas caberiam melhor em um lado de uma fita cassete de trinta minutos.
Seu primeiro trabalho na área de informática foi para a empresa que vendeu o primeiro computador pessoal para sua família. O objetivo era digitalizar o logo da empresa.
Conta que cobrou duas caixas de disquetes pelo serviço e realizou-o em trinta minutos.
Histórico profissional
Paulo Veras começou a estagiar em janeiro de 1994 na Asea Brown Boveri (ABB), uma empresa sueca-suiça com sede em Zurique. A empresa era especializada em automação de usinas hidrelétricas.
Após se formar, realizou serviços na Colômbia durante o auge do narcotráfico no país. Na época, traficantes sequestravam engenheiros de multinacionais em troca de resgate. Durante o período, precisou andar com dois seguranças armados ao sair do hotel.
Ainda na ABB, começou a empreender com dois antigos amigos da época de escola.
Traduziram um software para crianças em formato de CD-ROM e apresentaram à Rede de Ensino Anglo, um projeto para desenvolver software de com estudos para vestibular, mas o projeto não foi para frente.
Desenvolveram o GuiaSP, um dos primeiros sites do Brasil, que continha as informações de horário das sessões de cinema na capital paulista.
Nesta época, também desenvolveram o site da Casa Cor, a principal mostra de arquitetura do país.
Em junho de 1996 saiu da ABB para focar de vez na empresa de criação de sites, a qual chamou de Tesla.
Em 1999, a Tesla foi investida pela JP Morgan. No mesmo ano, venderam o GuiaSP para a Starmedia.
Em dezembro de 2001, desligou-se oficialmente da Tesla. Em fevereiro de 2003, passou a trabalhar como consultor associado na Gradus, que tinha como clientes a Ambev e RBS.
Deixou a Gradus no ano seguinte para assumir a Endeavor, ONG global de aceleração de negócios. Chefiou a Endeavor de 2004 a 2008.
Na saída da Endeavor, fundou a Pixit em 2009, empresa que produzia vídeos para a web. Vendeu a empresa em 2012, segundo ele, “foi um negócio pequeno, mas lucrativo”.
Neste ínterim, ainda criou a Guidu, um guia da cidade online brasileiro, que mistura personalização, redes sociais e conteúdo gerado pelo usuário para aconselhar sobre as melhores coisas para fazer na cidade, e a Imperdível em abril de 2010, uma empresa de compras coletivas.
Entre 2012 e 2014, foi presidente Global da H², uma rede de liderança global para a indústria digital.
Fundou a 99 em maio de 2012 e foi CEO da empresa até janeiro de 2018.
Passou pelos conselhos da Estapar Estacionamentos, CargoX e B2W Digital e, atualmente, está no conselho do Grupo Boticário, Localiza e Digibee.
Também está no conselho de gestão da ONG Gerando Falcões.
A fundação da 99
Após apresentar um outro projeto para um grupo de investidores, que os aconselharam a procurar alguém da área de negócios, Ariel Lambrecht e Renato Freitas reuniram-se com Paulo Veras.
O objetivo era falar sobre o eBah, uma rede social onde alunos compartilhavam anotações e provas antigas. Ao final da conversa, os empreendedores apresentaram o projeto da 99 para Veres.
Em seu livro, ele conta que gostou do projeto, mas que já conhecia algumas pessoas interessadas naquele mercado e que teriam muita concorrência.
Em julho de 2012, foram para rua com o objetivo de conseguir cadastrar 100 taxistas para rodar pelo app. Alugaram um espaço e realizavam workshops para ensinar taxistas a usarem o aplicativo.
Paulo Veras entrou de vez no projeto em dezembro daquele ano.
Seguiu na empresa até janeiro de 2018, quando ela foi vendida para a DiDi.
Formação acadêmica
Paulo Veras é formado em engenharia mecatrônica na Universidade de São Paulo.
Entre 2000 e 2001, realizou um MBA no Instituto Europeu de Administração de Empresas.
Também tem passagens pela Havard Business School e a Singularity University.
Reconhecimentos e prêmios
Em 2008, recebeu a Gold Standard como diretor da Endeavor.
Em 2009, recebeu o prêmio “Faz Diferença” pelo Jornal O Globo, premiado por ser o brasileiro que mais contribuiu para a melhoria da economia do país em 2008.
Em 2014, foi o vencedor da categoria Empreendedor do Ano do 4º Prêmio Estadão PME. No ano seguinte, recebeu o prêmio de empreendedor do ano do jornal O Estado de São Paulo.
Em 2016, recebeu da INSEAD um prêmio como ex-aluno que mais impactou no Brasil em 2016.
Em 2018, recebeu da Fast Company o prêmio como uma das 10 empresas mais inovadoras da América Latina e, no mesmo ano, esteve na galeria dos notáveis Money Report 2018.
A Machine é a principal tecnologia para criação de aplicativos de transporte e entregas do Brasil. Juntos, os apps desenvolvidos com nossa tecnologia já tiveram mais de 130 milhões de solicitações.